Dicas para guitarristas

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Antes que algum desinformado comente, não estou tratando de velocidade (tocar devagar ou rápido)... Na verdade estou tratando de ambos, pois para tocar de ambos os modos exige-se técnica apurada... Por exemplo, tocando devagar, é preciso uma excelente técnica para tocar uma bend bem tocado e afinado ou ainda boa técnica de vibrato... Já tocando rápido, além de dominar os diferentes tipos de palhetada, é necessário clareza, time (tempo) e vários outros fatores durante a execução.

Para um bom desenvolvimento no que se refere ao estudo de TÉCNICA (Ligados, Alavancadas, Bend, Chicken picking, Dedilhado, Dobra de notas, Slide, Saltos de Cordas, Palhetada alternada, Pedal point, Arpejos, Arpejos com salto, Sweep picking, Sweep flying finger, Tapping, Two hand, Hamonicos, Vibratos, Palm Muting, Pegada, etc), é necessário percorrer um caminho bem preciso: deve-se seguir uma metodologia de ensino de forma gradual, coerente com seu próprio desenvolvimento, combinando habilidade mental e motora. A repetição e a constância são fatores essenciais.

A observação de como se sentar e da colocação das mãos na guitarra é fundamental para o desenvolvimento da técnica. Deve-se ter a sensação de relaxamento de uma forma consciente. Toda tensão deve ser eliminada desde a origem.

A mão direita é uma extensão do nosso senso rítmico e musical, seu completo domínio contribuirá para a execução dos diversos estilos musicais e para extrair os diversos timbres possíveis do nosso instrumento.

Um ensaio mental pode ajudar-nos a aprimorar a habilidade de tocar guitarra, ativando a parte do cérebro que controla os músculos, preparando-os para a ação. (eu por exemplo, recentemente, troquei o relógio do pulso esquerdo para o direito, inverti o mouse e o teclado, estou tentando escrever com a mão esquerdo – sou destro - , e outras pequenas ações que forçam o cérebro a trabalhar bem de ambos os lados e isso direta ou indiretamente influencia nos músculos, nervos, etc de ambos os lados logo no "tocar guitarra" - ah, além do execício mental eu estudo guitarra tb hehehe não é só na mente...).

Antes de se iniciar o estudo, deve-se ter condições externas adequadas, que contribuam para a obtenção de um maior grau de concentração. Esses fatores creio que são: local de estudo com o menor nível de ruído possível; não deve haver nada no local que possa a vir tirar a atenção; o local deve ser confortável. Essas condições favorecem a atenção para a passagem musical a ser feita e contribuir para a compreensão da música.

No que se refere a ALUNO x INSTRUMENTO, um mau desenvolvimento trará conseqüências (não sei se podem ser irreversíveis, mas são graves) no decorrer da evolução da técnica. Esse mau desenvolvimento trará problemas de várias ordens que podemos nomear de ADAPTAÇÃO NATURAL FÍSICO-INSTRUMENTAL. Por exemplo, os problemas podem ser:

>>> Técnica mal concebida inconscientemente: O estudo de forma mal estruturada, no que se refere a postura, traz problemas de ordem muscular, um processo de enrijecimento até o momento de retrocesso mecânico-instrumental. Em alguns casos, isso pode levar a uma anulação total da intimidade do músico com seu instrumento, o que poderia levar ao desprezo total ao estudo musical. Esta observação pode parecer um tanto exagerada mas na realidade nos da a noção exata das conseqüências que podem advir de uma técnica mau organizada.

>>> A psicologia da técnica: Muitas vezes criada pelo próprio guitarrista, a tentativa de imitar algum artista ou um ídolo, que não é observada pelo professor, pode trazer frustração por não se obter um resultado satisfatório. Com as diferenças anatômicas de uma pessoa para outra, certos movimentos serão próprios de uma outra pessoa e não de outra.

>>> Falta de pedagogia: O professor que faz comentários comparativos e depreciativos, acaba criando um conceito em relação ao estudo. O corpo do aluno irá se moldando para atender estas novas expectativas, assim temos por definição que toda alteração mental trará uma alteração física. Entre os músculos, este conceito de PISCOLOGIA DA TÉCNICA é também chamado de alteração psicossomática, o qual como citado, é de fundamental importância para um desenvolvimento musical saudável.


Existem vários outros problemas a serem citados como: Particularidades do aspecto melódico, escolha de repertório, entre vários outros que devem ser tratados caso a caso conforme aparecem, para que o guitarrista assimile conforme necessidade.


Parecer final: É lógico que qualquer guitarrista pode ser um excelente guitarrista sendo autodidata (sabemos de vários bons exemplos), mas um bom professor (eu disse um bom professor) poderá ajudar a atingir os objetivos até mais rápido e de uma forma correta.

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